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sexta-feira, 17 de abril de 2009
Maledicências
Maria J Fortuna
- Menina, você nem imagina o que eu vi hoje...
- O que? Me conta!
- A safada da vizinha corneando o marido com o cara do 606...
Fica cada vez mais difícil para mim ouvir coisas como esta! E cada vez menos quero saber a respeito das maledicências sobre as outras pessoas que conheço ou que nem tive oportunidade de conhecer. Para que gastar tanta energia prestando atenção aos boatos, fofocas, desabafos mentirosos ou não, a respeito de terceiros? Com que propósito e interesse? Como não me indignar quando a coisa extrapola? Impressionante o número de pessoas que derramam cascatas de fofocas inúteis e perigosas envolvendo o comportamento de presentes e ausentes personagens com quem convivem.
Fico pensando como, com tanta riqueza de detalhes, alguém pode afirmar que fulano ou beltrano na mídia televisiva ou fora da mesma, é considerado um safado, cretino, bicha, sapatão, pedófilo, drogado e outros rótulos. Estas pessoas que falam tais coisas perdem um tempo precioso de vida útil, para se ocupar de um companheiro (a) de jornada desta tão limitada vida, neste sofrido Planeta! Ninguém merece! Para que o conchavo ao pé do ouvido, onde um mar de lama se desprende das bocas e tenta afogar a vítima, que fica completamente impotente e, às vezes, nem desconfia que seu nome rola em “boca de Matildes”? Ou... Como resultado da fofoca, vendo sua imagem denegrida por interesses escusos. Será que não se usa mais respeitar a ausência das pessoas?
A fofoca sempre esconde despeito, inveja ou “dor de cotovelo”... E sempre subtrai, não acrescenta nunca! O que melhora nossa vida ficar ouvindo ou falando do próximo seja ele quem for? E se espalha... Vai longe... Atravessa casas, ruas, cidades, países... Conforme a importância das pessoas em questão.
Fico pensando... Para que formar tão densa camada de desamor, atirando as próprias mazelas sobre um bode expiatório? Até quando vai existir a cegueira da ignorância? A maledicência é uma tentativa de desfocar e destruir a verdade das pessoas. Por causa disso muitas delas não conseguiram resgatar nem com a morte, as calúnias jogadas encima delas.
Ângelo Gaiarsa lançou um livro pela Summus Editorial, muito interessante, há anos atrás, que continua cada vez mais atual – O Tratado Geral sobre a fofoca, uma análise da desconfiança humana. Recomendo esta obra para todos. Já está na 14ª edição.
Quando eu encontro as moças que comentam sobre a vizinha que põe chifres no marido, penso no que elas invejam daquela criatura. Que algo mais terá a mulher comentada ou difamada? ... Com isso me afasto das maledicentes. Como não pensar que não seria a próxima vitima se eu inventasse de fazer amizade com elas?
- O que? Me conta!
- A safada da vizinha corneando o marido com o cara do 606...
Fica cada vez mais difícil para mim ouvir coisas como esta! E cada vez menos quero saber a respeito das maledicências sobre as outras pessoas que conheço ou que nem tive oportunidade de conhecer. Para que gastar tanta energia prestando atenção aos boatos, fofocas, desabafos mentirosos ou não, a respeito de terceiros? Com que propósito e interesse? Como não me indignar quando a coisa extrapola? Impressionante o número de pessoas que derramam cascatas de fofocas inúteis e perigosas envolvendo o comportamento de presentes e ausentes personagens com quem convivem.
Fico pensando como, com tanta riqueza de detalhes, alguém pode afirmar que fulano ou beltrano na mídia televisiva ou fora da mesma, é considerado um safado, cretino, bicha, sapatão, pedófilo, drogado e outros rótulos. Estas pessoas que falam tais coisas perdem um tempo precioso de vida útil, para se ocupar de um companheiro (a) de jornada desta tão limitada vida, neste sofrido Planeta! Ninguém merece! Para que o conchavo ao pé do ouvido, onde um mar de lama se desprende das bocas e tenta afogar a vítima, que fica completamente impotente e, às vezes, nem desconfia que seu nome rola em “boca de Matildes”? Ou... Como resultado da fofoca, vendo sua imagem denegrida por interesses escusos. Será que não se usa mais respeitar a ausência das pessoas?
A fofoca sempre esconde despeito, inveja ou “dor de cotovelo”... E sempre subtrai, não acrescenta nunca! O que melhora nossa vida ficar ouvindo ou falando do próximo seja ele quem for? E se espalha... Vai longe... Atravessa casas, ruas, cidades, países... Conforme a importância das pessoas em questão.
Fico pensando... Para que formar tão densa camada de desamor, atirando as próprias mazelas sobre um bode expiatório? Até quando vai existir a cegueira da ignorância? A maledicência é uma tentativa de desfocar e destruir a verdade das pessoas. Por causa disso muitas delas não conseguiram resgatar nem com a morte, as calúnias jogadas encima delas.
Ângelo Gaiarsa lançou um livro pela Summus Editorial, muito interessante, há anos atrás, que continua cada vez mais atual – O Tratado Geral sobre a fofoca, uma análise da desconfiança humana. Recomendo esta obra para todos. Já está na 14ª edição.
Quando eu encontro as moças que comentam sobre a vizinha que põe chifres no marido, penso no que elas invejam daquela criatura. Que algo mais terá a mulher comentada ou difamada? ... Com isso me afasto das maledicentes. Como não pensar que não seria a próxima vitima se eu inventasse de fazer amizade com elas?
sábado, 11 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Sexta feira da Paixão
Maria J Fortuna
Hoje é sexta feita da Paixão. Estou imersa no mistério, do sofrimento. Ouço as palavras de Pôncio Pilatos: “Lavo as mãos do sangue deste justo...”
Vejo na dor de Jesus o grito surdo de milhares de mártires que foram coerentes com seus princípios, suas ideologias, suas crenças. Vejo na face ensangüentada desse moço que trouxe a doutrina de amor e perdão para a humanidade, a face de centenas de pessoas que foram sacrificados por um ideal maior do que eles mesmos. Sinto, no desejo de transcendência do ser humano, a coragem para encarar na missão, no realizar-se em plenitude no amor a Deus.
O clamor pela justiça nunca soou tão alto como na cruz. Vejo a cruz de todo mundo na imolação do verdadeiro eu que reside em cada coração.
Vejo na dor de Jesus o grito surdo de milhares de mártires que foram coerentes com seus princípios, suas ideologias, suas crenças. Vejo na face ensangüentada desse moço que trouxe a doutrina de amor e perdão para a humanidade, a face de centenas de pessoas que foram sacrificados por um ideal maior do que eles mesmos. Sinto, no desejo de transcendência do ser humano, a coragem para encarar na missão, no realizar-se em plenitude no amor a Deus.
O clamor pela justiça nunca soou tão alto como na cruz. Vejo a cruz de todo mundo na imolação do verdadeiro eu que reside em cada coração.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
O antigo e o novo
Maria J Fortuna
Ontem à noite tive insônia! Como dormir ainda sob efeito do Jornal Nacional de ontem? Pedi a Deus que alguma coisa boa me soprasse a alma, como a mãe faz quando a gente se machuca em pequenino. Inquieta busquei posições na cama. Nada! Aí me veio o fantasma das noticias que parecia zombar das minhas preocupações. Gostaria de ter sido Zen nessa hora, mas lembrei que até os monges do Himalaia perderam seu estado, quase búdico, com a ocupação dos chineses. Puxa vida! Não há santo que aguente! A vizinha resolveu ligar o radio às 04,00 hs da madrugada... A voz de Roberto Carlos, sem pedir licença, rompeu aos meus ouvidos: “- Quando eu estou aqui, vivendo este momento lindo!” Péssima hora para receber visita do rei, pensei. Não estou vivendo nenhum momento lindo...
Às 06,00 hs o silêncio se fez... Da minha alma insone brotou poesia:
O antigo me apareceu com suas vestes mofadas
Com sua aparência amorfa de coisa adormecida
No desfoque da memória facetada
Como azulejo coberto pela poeira do tempo
Vencido, passivo, impávido e carcomido
O antigo é esquisito, distante...
Tem cheiro de mofo e cupim
Nas tramas do tempo sem fim...
O novo me aparece de cabelos luminosos
Como raios de sol da manhã
Afobado, impulsivo
Empurra a coberta do tempo
Torna-se presente
Em tudo que tem forma colorindo o mundo
Gira em torno do amanhã
Movimento, frescor, beleza!
Sagaz, pretensioso, impulsivo
Traz tudo o quanto tem”r”
Renascer, recriar, renovar
É sempre criança,
Cheio de esperança!
Foi um sopro cósmico. Não é que, apesar de não dormir, consegui me sentir melhor depois disso? Ai de nós sem os rompantes do novo...
Ontem à noite tive insônia! Como dormir ainda sob efeito do Jornal Nacional de ontem? Pedi a Deus que alguma coisa boa me soprasse a alma, como a mãe faz quando a gente se machuca em pequenino. Inquieta busquei posições na cama. Nada! Aí me veio o fantasma das noticias que parecia zombar das minhas preocupações. Gostaria de ter sido Zen nessa hora, mas lembrei que até os monges do Himalaia perderam seu estado, quase búdico, com a ocupação dos chineses. Puxa vida! Não há santo que aguente! A vizinha resolveu ligar o radio às 04,00 hs da madrugada... A voz de Roberto Carlos, sem pedir licença, rompeu aos meus ouvidos: “- Quando eu estou aqui, vivendo este momento lindo!” Péssima hora para receber visita do rei, pensei. Não estou vivendo nenhum momento lindo...
Às 06,00 hs o silêncio se fez... Da minha alma insone brotou poesia:
O antigo me apareceu com suas vestes mofadas
Com sua aparência amorfa de coisa adormecida
No desfoque da memória facetada
Como azulejo coberto pela poeira do tempo
Vencido, passivo, impávido e carcomido
O antigo é esquisito, distante...
Tem cheiro de mofo e cupim
Nas tramas do tempo sem fim...
O novo me aparece de cabelos luminosos
Como raios de sol da manhã
Afobado, impulsivo
Empurra a coberta do tempo
Torna-se presente
Em tudo que tem forma colorindo o mundo
Gira em torno do amanhã
Movimento, frescor, beleza!
Sagaz, pretensioso, impulsivo
Traz tudo o quanto tem”r”
Renascer, recriar, renovar
É sempre criança,
Cheio de esperança!
Foi um sopro cósmico. Não é que, apesar de não dormir, consegui me sentir melhor depois disso? Ai de nós sem os rompantes do novo...
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