domingo, 24 de agosto de 2014

A presença de Dali







Maria J Fortuna 

A misteriosa presença do pintor espanhol Salvador Dali em minha vida se deu em 1979, quando regressava de uma viagem à Europa. Relógios que se derretem, borboletas que conduzem caravelas para longe, cabelos que se transformam em cascatas, madonas fragmentadas, seres saindo de ovos, homem cujo corpo é cheio de gavetas, e outras figuras ilógicas, tudo isso surpreendeu minha mente que sempre gostou de contemplar o absurdo. E mais fascinante que tudo, a presença de Gala em sua obra, quando se trata de pintura com figura humana feminina.




Meu gosto pelo absurdo, que não faz parte de regras estabelecidas, às vezes contrário ao bom senso e destituído de racionalidade, encontrada na genial obra desse pintor, é um prato cheio para o que me deixa em estado total de perplexidade! É um grande mergulho no subconsciente representado por relógios maleáveis, jogados nas pedras como se o tempo não tivesse mais importância, lembra minha briga com esse milenário objeto metálico. Não consigo dormir com seu continuo e infernal tic tac.  A sensação é de que o tempo passa muito rápido e não espera que aquele algo de especial aconteça e que iria me realizar plenamente. E pior que isso: posso nem saber de que se trata, pois é às vezes  reduzido a uma sensação.  O que seria tão essencial para quem é mortal?  É o conflito existencial para nós ocidentais: nunca haverá tempo para alcançar tudo o que queremos em nossa vida na Terra, porque em algum momento seremos interrompidos pela morte.    Um apego ao que é inútil torna o mergulhar no sono algo muito difícil!  Daí a insônia.  E com o tempo, vai diminuindo para todos nós a probabilidade de realizar o impossível! Fato frequente nos maiores de sessenta anos... A vigília nessa pressa, na busca do inútil.   Infelizmente, nós ocidentais, não temos o hábito de meditar e viver o agora. Sou parte dos ansiosos que querem travar o tempo, o que é tema para outros contos e crônicas. Voltando a Dali, são muitos os relógios jogados nas pedras, dobrando-se, derretendo-se... Como correr atrás do que quero encontrar antes que o tempo me leve? A obra de Dali nos mostra a finitude da vida, mas também o quanto somos ricos na expressão do nosso descontentamento diante das coisas lógicas do mundo e de como podemos escapar através dos sonhos!



Voar pela vida em caravelas levadas por borboletas, deixar que pensamentos escorram como cascatas pelos meus cabelos brancos... E o tigre enfurecido que sai da boca do peixe? Não lembra acessos de cólera e o extravasar da agressividade reprimida de que somos às vezes possuídos e não conseguimos vomitar sob a forma de fera?  




Agora na exposição de Dali aqui no CCBB ( Centro Cultural Banco do Brasil)  no Rio de Janeiro, tive o prazer de apreciar de perto o desenrolar do seu processo  criativo, quando o ilógico ainda não fazia parte de sua arte. Ali me deparei com a figura do D. Quixote derrotado, em plena lucidez de sua loucura! Mais absurdo que isso?  Realmente o pintor foi fiel ao Cavaleiro da triste figura. 
 
Dali me fez suportar ver o Cristo na cruz, coisa que me nego a contemplar na obra de outros artistas. E na sua Santa Ceia, viajo com o simbolismo esotérico que ele mostra em forma figurativa geométrica. Não posso negar o meu amor pela arte desse gênio louco!

 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Amigos, envolvam-se na energia do texto: comentem!

Constância e Joseph


 

 
                                                                                          Maria J Fortuna
Semiacordada no meio da noite, sem as habituais dores no corpo, mas com  leve entorpecimento, Constância sentiu que, naquela madrugada, alguma coisa mágica iria lhe  acontecer.  Qual o motivo?  Perguntava a si mesma. Lembrou-se: estava sonhando com Joseph!  Mas eis que ele parece ter saído do sonho e estava agora em sua cama, sorrindo para ela com seu toque divino. Ah! Joseph há quanto tempo ele não a visitava em seu leito trazendo de presente para ela aquele perfume de angélica!  No entanto, como sempre acontecia, aquele aroma etéreo  ia se metamorfoseando na medida em que ela se envolvia em devaneios frente à bela figura adquirindo certo toque viril. Algo assim como cheiro de suor misturado com terra depois da chuva.   Então ele, quase humano, aninhava-a em seus braços musculosos que iam adquirindo massa, firmeza.  Recolhia as grandes e macias asas para  fazer amor com ela. Transformava-se no bem amado de carne e osso!  E ela se perdia no tempo e no espaço.  E seu útero de oitenta anos enchia-se de sangue e o corpo do anjo se tornava levemente avermelhado.  Os seios de Constância destilavam orvalho e mel, que era sugado por Joseph. E naquele gesto dele, ela navegava entre as estrelas do seu céu interior e brincava  com elas como se fosse criança. Depois o sono chegava e ela nem via a partida de Joseph.
Seria ele um anjo decaído, tão atrevido ficava quando envolto em seu lençol de linho branco? Ela sentia que não. Não podia ser do mal, pela delicadeza como penetrava em suas entranhas com seu pênis luminoso! Não podia ser, porque naquele momento ela encontrava   Deus! Só ele poderia  proporcionar-lhe tanta felicidade! Talvez por isso algumas damas da noite sejam julgadas perdidas... Porque elas se perdiam de verdade e inteiramente nos braços do homem escolhido para amar.    E não sabia mais se o que sentia era êxtase ou orgasmo. Ou as duas coisas juntas! Tal qual no gozo de Tereza d Ávila com seu anjo que a atingiu com sua lança, imortalizados na escultura de  Gian Lorenzo Bernni.
Sentia que aquele novo encontro era especial e resolveu perguntar, timidamente  a Joseph, o que aconteceria se ele a levasse para as bandas do etéreo... Sabia que não precisava morrer para se sentir no paraíso quando ele acariciava e penetrava seu corpo, até então envelhecido e cansado.
- Joseph... Pronunciou aquele nome como se tivesse entrando em solo sagrado.
- Sim...  A voz dele era grave, mas soava como som de harpa aos seus ouvidos.
- Diga-me meu anjo, o que me aguarda do lado de lá, indagou ansiosa, pois não quero perdê-lo..
O anjo sorriu, estreitou o corpo franzino da mulher em seus braços, agora parecendo de  seda, e segredou carinhosamente:
- Estou querendo levá-la comigo
- Mas sempre fui quase descrente... Sempre tive dúvidas... A respeito do lado de lá. Apesar do nosso amor etéreo, tenho medo,  murmurou Constância.
No que o anjo sorriu, olhando-a com ternura e acrescentou:
- Mas não teme em me ter como homem em alguns momentos... E não tem dúvidas sobre minha existência.
Constância fingiu que não ouviu e indagou a Joseph:
          - Sim, mas o que me aguarda? A ressurreição ou a reencarnação?
           Ele sorriu e não lhe respondeu.
Fazer amor com um anjo era bem mais fácil que dialogar com ele.  Desde a infância se fazia questionamentos sobre do que de fato existia do lado de lá e ficava angustiada quando seu coração pesava ao pensar que poderia não haver absolutamente nada, como afirmavam as religiões. E se toda guerra santa por séculos e séculos, deixaram tantos mortos em vão? Como ficariam os mártires cristãos e os homens-bomba do Islam.? E então ela se deu conta refletindo...  Sentia-se tão perto de Joseph...  Mas e Joseph? Fazia todas as suposições caírem por terra.  Todas as dúvidas eram trituradas como frutas no liquidificador. Se o amava, se sonhava com ele, não podia duvidar de mais nada. Afinal ele não era um mortal. E o julgamento do qual ouvira falar a vida inteira?   Não podia ser condenada por amar um anjo! Trevas seriam se ele se ausentasse de repente. Então segredou a seu amante celestial:
- Minha vida está em seus braços, Joseph... Nos braços do amor.
Alguma pessoa mais sensível do prédio onde morava a anciã, e que  se encontrava acordada até aquela hora, certamente ouviu um forte bater de asas naquela madrugada.
Quanto à Constância, estava  ali deitada na cama, olhar parado sem mais respirar e  com um lindo sorriso nos lábios.  
           Um perfume forte de narcisos inundou todo prédio...
 

 

 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014


Amigos, envolvam-se na energia do texto: comentem!

O terapeuta

 
 
                                                                                                                                                                                 Maria J Fortuna
 
Rosa nem sabia mais quem era ela. Parou no Rio de Janeiro, fugindo do coronel seu pai, que ditava ordens pelos cotovelos o dia inteiro! Era um inferno! Durante as refeições olhava para aquele homem amargo e ficava conspirando  acerca de sua morte. O velho destilava ressentimentos e produzia um mal estar geral na família. Era um sufoco! Talvez conseguisse um pozinho venenoso e discretamente colocasse em seu prato, pensava. Mas depois viria a policia, a autopsia...  Em seus doze anos de idade, hormônios estourando nas veias, coração querendo voar e o velho ali, controlando a vida de todo mundo em casa.  E ainda tinha o irmão mais velho, que mesmo detestando o pai, adquiriu o hábito do controle da vida alheia.   Precisava sair daquilo lá. Do ambiente opressor e largar-se pela vida como papagaio de seda voando nas nuvens, solto no ar. Foi assim que ficou obcecada pelo desejo de liberdade! Tinha que fugir, não para os braços de um homem como a família esperava. Afinal  aprendeu que todo o elemento masculino era violento e controlador, mas fugir dali seria bom para respirar longe  daquela família. Por mal dos pecados, seus irmãos eram três homens.   E a mãe era submissa, com seus olhos cansados e seu meigo sorriso de fada. Queria ir embora, e aos dezoito anos, e foi mesmo. Parecia ter voado pelos ares a presença incômoda dos familiares. Tal como desfazendo um jogo perverso, jogasse para o alto as cartas de um baralho.  Como se de repente, o terço de sua mãe se partisse e as contas se escondessem pelo chão, sem retorno, e  ela não  conseguisse mais rezar.   Como se seus passos na areia fossem soprados pelo destino e ninguém soubesse seu rumo.
                Nem dava para virar a cabeça e deitar o olhar no que ficou pra trás. Queria escorregar da família opressora tal como um caroço de manga, que quando apertado, desliza da casca.   E foi assim.  Era melhor enfrentar a solidão e o desamor, sem arreios. Perder-se na luz ou no caos para encontrar-se. Tudo era preferível à morte lenta ali, atolada no medo e na culpa.
Foram muitos anos lutando contra aquela doença, sem saber na verdade seu nome.  Viveu quase de tudo. Não se prostituiu por causa do velho medo da violência dos homens. Eles sempre seriam opressores, estranhos, desconhecidos. Mas como era bonita, atraiu alguns deles que tinham traços mais femininos. Um belo machão só gostava de ver no cinema, de longe...
Até o dia em que conheceu o terapeuta. Ele era enorme aos seus olhos! E tinha belos olhos verdes! Aos poucos chegou à conclusão que aqueles olhos enxergavam sua alma! Revirou suas origens, sondou o anjo e o demônio que moravam nela. Arriscou-se a tocar as cordas do seu coração medroso e ressentido. Desafiou a doença, mostrando à Rosa que ela  podia montar outro baralho com cartas imperfeitas, e rezar num terço de contas irregulares, enfim conviver com a louca que morava dentro dela e fazê-la sentir que ela, a louca,   era sua força, o fogo, a energia que lhe  queimavam  o útero e coração. Não restava outro jeito de fazer as pazes com sua sombra. Teria que se aceitar. O terapeuta era tido como um louco que se arriscava a atender até esquizofrênicos. Amado e odiado por muitos, ele “cheirava” cada paciente. E a luta era quase corporal, para que o mesmo despertasse de suas descabeladas ilusões e se descobrisse na caverna do próprio ser. Era especialista em desmascarar o demônio de cada um, tal qual um exorcista. E a luta demorou três anos e três meses.
Ela escrevia relatórios depois de cada sessão. Neles, contava tudo que havia vivido e ecoado em seu coração.  Com letra trêmula, numa noite de insônia,  escreveu o último relatório dos muitos que escrevia depois de cada sessão,  e o entregou ao terapeuta. Escreveu à medida que se lembrava dos episódios marcantes que vivenciava no grupo e de como estava se sentindo, com frases soltas. Mas cada  uma dessas frases parecia ser o resultado do refluxo de sua consciência. E foi escrevendo... 
“Humildade é o reconhecer minha estatura diante do mundo.
Quando  a chama da  razão, da inteligência para de servir aos sentimentos eu me perco,  desagrego, não há mais luz nem sanidade mental.  Então sinto medo. O medo é a emoção mais fácil de ser sentida. O mundo do pensamento é o mundo do delírio. A vida é uma eterna busca de unidade e nos meus ensaios e erros reside a alegria do encontro com o outro, que não passa de um reencontro comigo mesma.
Sou a fusão do meu ser com o não ser. Positivo e negativo. Nisso meu dou o direito de errar e conviver com meus irmãos no banquete da vida.
                O sentir e o consentir o outro é um treino constante para o amor a mim mesma. O respeito e a justiça são as condições básicas para que o amor se faça presente.
O homem existe pelo que sente. Deus é o outro, ponto de referência para que eu exista. A confiança que deposito no outro é a entrega nas mãos de Deus.  Não há tempo nem espaço no mundo do sentimento.  Começo a ficar doente na hora em que o tempo passa a existir para mim. 
O sentimento de culpa coloca o outro sob minha dependência e vice-versa.  O sentir e consentir o outro são  treino constante para o amor a mim mesma. O respeito e a justiça são condições básicas para que esse amor exista.
O ato de fazer nascer é um ato  amoroso da mãe, no consentir que em seu universo haja um corpo estranho, gerado por ela, e do pai que dá a liberdade àquele que acabou de gerar.
 A criança é a encarnação da luz por causa de sua espontaneidade.  O herói e a vítima perderam a espontaneidade. Vivem num mundo obscuro.
O pai é a referência da minha liberdade. Deus é Pai, é a liberdade. A minha liberdade. Só possuo consciência à medida que eu sinto. “No mais me restam a atenção e o desgaste.”
 
O terapeuta leu seu texto, pausadamente, enquanto o grupo aguardava o final da sessão. Depois olhou para Rosa. Ele não era mais o homem grande. Agora ele tinha sua estatura, mas seus olhos de esmeralda brilhavam mais do que nunca! . Sorriu  para a moça e , corajosamente, assumiu sua  baixa na terapia. A alta, a vida que dava...

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Rosane Zanini em Ante Portas




Rosane Zanini
 
 

                                                                                                                                    Maria J Fortuna

 

Uma das mais agradáveis descobertas em minha jornada como escritora foi conhecer Rosane Zanini e sua obra.  O encontro se deu através da REBRA (Rede de Escritoras Brasileiras) e desde 2008 mantemos correspondência. Ela, arquiteta e poeta, trouxe para sua poesia “a arquitetura das emoções”, como bem descreve Ronaldo Salas Cabrera, que escreveu o prefácio do seu último livro Ante Portas. Nesta obra, ela nos mostra o quanto a lógica e a razão podem andar de braços dados com a poesia.

 Rosane, arquiteta e urbanista, formou-se na Universidade do Vale do Rio Sinos, no Rio Grande do Sul. É  brasileira, filha de imigrantes italianos e, como muitos jovens,  participou da luta contra a ditadura militar que assolou o país por longos vinte anos durante os anos oitenta. Nesse período, amplifica sua paixão pela matemática e estuda urbanismo no curso de Arquitetura em Berlim, onde concluiu a tese de doutorado. Após esta fase, mudou-se para Zurique, desenvolvendo cada vez mais seu amor pela literatura. Com isso recebeu vários prêmios literários e publicou alguns livros de poesia e um de conto: Horas contadas, em parceria com Silvana Mariani onde, a meu ver mergulhou, sobretudo na alma feminina com todas as suas contradições. Neste livro, sentimos seu  interesse pelas causas sociais, pois o cenários são  vilarejos interioranos e favelas do Brasil.
 
 

Ante Portas deixa- nos ver entre suas frestas luminosas a alma dessa poetisa tão ímpar, que inspirada na leitura da Divina Comédia de Dante Alighieri, deixa escapar os rompantes mais profundos de sua alma como no poema Uma janela:

Uma janela

                               semicerrada

Um olhar distante

                               apático

enfoca as folhas

laranjas que passeiam

na tarde sem sol

Desta janela

                               uma fresta

apenas lembranças

o mundo distante

                               passado disforme

A janela

                               emoldura

desfocadas tristezas

ao longe um ponto qualquer.

 

Ao ler sua poesia sentimos, Entre Portas, a  “arquitetura das emoções” a que se refere Cabrera.

Minha identificação com a mulher Rosane é quase imediata, pois nas poesias ela  fala de suas dores, da solidão nas cidades, onde há um quarto, uma janela, uma porta e um coração solitário, paisagem comum   aos que habitam sobretudo apartamento nas grandes metrópoles.  No poema Uma voz, uma cidade, ela assim escreve: “uma voz, um encontro/uma cidade distante/a chamada furtiva/rápido adeus. É a voz de uma filha de imigrantes italianos que não esquece suas raízes e acrescenta na língua dos seus antepassados:   “ – ora voglio di piú/una storia importante/como ti vorrei/quando ti vorrei...”

Junto a seu livro Entre Portas uma nova Antologia foi publicada, da qual tive a honra de ser escolhida para ser  autora  da   capa: A cidade dos pequenos sonhos,     e ainda participar com algumas poesias tal como nas duas anteriores: A cidade em nós e Um dia em minha cidade. Esta última, também traz  textos em espanhol e português com tradução em alemão, onde participam autores de vários países como Rolando Salas-Cabrera, do Chile,  que vive na Espanha, Virginia Maria Zanini e Rita Rios, do Brasil, Sandra Leonor Mansino Delgado, do Uruguai, Lucia Obando Salazar, da Colômbia, Werner Widenmeier, da Suiça, Wolfgang Kumpfe, da Alemanha, além da própria Rosane Zanini, cuja proposta é mostrar o que há de comum em emoções e sentimentos na cidade interior de cada um,  universalizando a literatura como um canto de união entre os povos,  convocando-os a uma experiência fenomenológica. Interessante Rosane redescobrir sempre a partir de sua vivência como arquiteta, construção da alma de cada um no mundo dos sentimentos e emoções, além dos limites geográficos, como diz sua prefaciadora da Cidade em nós, Olga Lucia Obando. Nessa Antologia, a  cidade é  cantada em prosa e verso, trazendo textos de Berlim, Zurich, Stuttgard, Paris, São Luís do Maranhão quando,  como maranhense, tive oportunidade de escrever sobre os dias iluminados da minha infância.
 
 


Termino com alguns versos de uma das  poesias de Rosane, das minhas preferidas,  que se chama  Giramondo. Ela termina assim:

Se muitas vezes perdi

Não foi porque não tentei

E o alvorecer, radiante aurora

- como foi e sempre será –

                              Não me despertará

Porém, contudo, um pequeno raio

De esperança luz ao anoitecer segredará

- Giramondo, em terras estranhas distantes

Eternamente errante!

(Publiquei em Artes e artes este poema em 2009)

 

 

 

 

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