sábado, 19 de setembro de 2015

Mhario Lincoln é um incasável jornalista maranhense que divulga obras de escritores e poetas de todo mundo! Façam uma visita a seu site www.revistapoeticabrasileira.com.br
Vocês vão gostar com certeza!
Este novo número estou por lá com uma poesia mistica.

A escultura

   
 
                                                    Escultura de Antonio Canova 1757 ' 1822


                                                                                          Maria J Fortuna


                     Era o último dia de aula e Marina estava plantada ali, boquiaberta, diante do homem de pedra, sem saber bem o que acontecia dentro dela.  Admirava aquele gigante branco, saindo de um bloco de mármore. Rosto suave de traços finos, olhos fundos, boca entreaberta, contrastando com braços fortes, musculosos, onde apareciam veias como serpentes inquietas, mas harmoniosas, percorrendo todo aquele imenso corpo da nobre pedra.  Aquelas mãos enormes, másculas, que insinuavam proteção, ajuda e sensualidade. Os pés despojados, descalços e, como suas mãos, mostrando reentrâncias misteriosas... Peito largo, que parecia guardar a fonte luminosa de onde saiam os braços e pernas musculosas. Corpanzil de nádegas perfeitas. O movimento era de quem estava em busca de algo... Sentiu o cheiro do profano no sacrossanto ato de criação.. 
                    Grandes esculturas de forma humana sempre lhe provocavam medo desde que  era criança. Medo infantil, mas que incomodava tanto quanto aos adultos. pois havia se tornado um deles e ainda sentia medo das grandes esculturas.  Aquela  permancia anônima para ela. Não retornou  àquele lugar. Ficou a lembrança da percepção do momento... A surpresa, o velho medo, o respeito... Além da mensagem de anonimato. Não importa. Aos olhos, a alma do autor circulava pelo corpo de sua obra a partir do peito viril com o que se mostrava o homem de pedra.  Ou seria autora como Camille Claudel?  À medida que isso acontece, aumenta seu mistério. Seduz mais... Fica intrigante, às vezes desconcerta.  Não apreciava muito o permanente. Mas também o que se transforma a ponto de fugir da ideia original do artista.  Talvez pela intolerância do autor ao contemplar o resultado do seu trabalho, haja o esfacelamento da obra. A escultura de qualquer forma permite que o original seja transformado ou destruído.   .
                    Naquele momento viajou pela agonia da criação, muitas vezes cheia de ansiedade. Imaginou as mãos do artista  procurando a forma. O suor escorrendo por todo o corpo, misturando-se à matéria-prima. Uma obra que, como nós humanos, pode ser esfacelada em instantes.. A não ser que seja de bronze ou ferro. Mas no caso do mármore é mais frágil.  Basta que o criador deseje interromper sua existência. Num acesso de cólera ou insatisfação como as mutiladas, que vinham das almas inquietas como a  de Rodin. Invisibilidade deixa-lhe reflexiva...Quantos artistas maravilhosos piscam aqui e ali como estrelas no firmamento, sem chance de serem descobertos e reconhecidos? Deixam muitas vezes seu trabalho incompleto e partem... 
                                    Deu-se conta de que em sua mente ainda passeava o clássico e o neo-clássico de Da Vinci e Bertel,  e que muitas águas rolaram dali. Mas aquela escultura anônima tinha  traços daquelas épocas... Não era um Ron Muek ou Philippe Faraut.
                       Os profetas de Aleijadinho e as imagens da Paixão de Cristo, que assombravam a menina Marina na infância, haviam deixado marcas em seu coração,  mas aquele homem de pedra a fez sentir arrepios! Ficou pensando que certas esculturas, que pela luz da conciência,  foram escolhidas para desafiar o tempo.  Trazem a mensagem do amor e da compaixão pelos modelos que pousou muitas horas a troco de pequenas quantias de dinheiro durante tempos e tempos...
                      Não há obra de arte sem desconhecido. E é ele quem se manifesta do núcleo à mandala das artes, através da alma humana que, ao criar, projeta sua obra no mundo. Aí está o sentido da transcendência! Não há arte que nos faça tão criador quanto o Criador como a escultura, refletiu Marina e saiu pela porta no fim do corredor.

Adam Beane em ação

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O Prjeto Eu sou mais um em São Gonçalo Rio de Janeiro, é algo que deve ser conhecido por todos. Uma pérola em meio de um mar onde dejetos da corrupção são despejados. Estivemos lá, eu, minha filha Maria Fernanda e Nicolas, seu esposo. Conhecemos o Projeto de perto.
Maria Fernanda doou para o mesmo seu primeiro violino, que ganhou aos seis anos de idade.
Levei O pardalzinho Desconfiado, e foi uma manhã inesquecível de autógrafos para os futuros violinistas.
O Projeto tem endereço no Facebook:

https://www.facebook.com/Projeto-cultural-Eusou1-942643322466786/timeline/


                                                     Maria Fernanda doando seu violino


Autografando para a gurizada


Grupo de alunos nessa manhã festiva


O Pardalzinho Desconfiado em integração com a música

Não deixem de visitar a página do Facebook: Eu sou mais um







                   


    É maravilhoso conhecer as obras de Adriana Brito. Breve escreverei sobre ela e sua trajetória. Por enquanto deleitem-se com as fotos de suas obras em http://www.adrianabritoart.com/

Quem sou eu

Minha foto
Sou alguem preocupado em crescer.

Arquivo do blog

Páginas

Postagens populares