Reflexões sobre o Ano Novo
Maria J Fortuna
Está quase estourando o Ano Novo por aqui! Todos os anos a mesma expectativa, alegria e sentimento de esperança! Aí vem pensamentos: para alguns, banhados de grande dose de otimismo; para outros, cuja expectativa é muito grande, um simples repeteco do que aconteceu nos anos anteriores.
Pelo meu lado, continuo sonhando com a Paz.
Que os passarinhos continuem cantando, as crianças brincando e que o ser humano se reconheça na simplicidade, de onde vem o mistério. E que as estórias de fadas e duendes grassem pelas avenidas da alma, anunciando o sonho, e que aceitemos as mudanças do outro, porque passamos a acreditar em nossa própria mudança.
Sinto que nós, seres humanos, somos cebolas ambulantes, que vão largando as cascas na medida em que vão amadurecendo. Para evitar o sumo da cebola, que nos faz chorar, podemos imaginar cada dia como novo nascimento – tipo casulo, onde a lagarta vai, primeiro construindo um lugar onde possa crescer e se transformar em paz. Num segundo momento, dentro dessa proteção, vivencia o silêncio da morte, da desesperança aparente. Por último, sair por aí voando, na ilusão que a beleza de suas asas traz. Conseguindo, por vezes, ofuscar o perigo ao transformar-se de frágil em poderoso e expondo-se aos quatro ventos!
Na verdade, eu gostaria que Israel fizesse as pazes com a Palestina, e que a Coréia do Norte mandasse aquele ditador baixinho para as cucuias. Vamos pedir ao Espírito Santo, juízo para Mahmoud Ahmadinejad. E que aquele povo pare de apedrejar mulheres e sinta que o amor e compaixão estão acima da Lei. E que não haja mais este tipo de barbárie sobre a face da Terra, que precisa muito de trégua, de descanso, de ser menos sugada e destruída!
E que morra o preconceito, fruto da imaturidade ou de uma deseducação dada por antepassados, que passaram a vida na Terra mas não reconheceram a Luz.
Tomara que, neste novo ano, tenhamos mais consciência do ser que habita em nosso centro. Com isso impeçamos a própria destruição. E que paremos de culpar os outros pelos nossos pecados. Tomemos a responsabilidade por nossas vidas e ações nas mãos e deixemos que o coração ocupe o lugar onde sempre esteve: no peito da gente, bem no centro. Como naquele filme do ET , que achamos tão feio, com coração luminoso que palpitava, acendendo e apagando sua luz própria.
Mais amor e compaixão para que haja misericórdia e perdão. Mais fé e reconhecimento de todo amor que, com certeza, temos para dar.
Assim acredito que estaremos em PAZ em 2011!
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2 comentários:
Neste fim de ano fiz um balanço _ do que preciso, precisamos?
Como você falou, de paz, simplicidade, humildade, silêncio...
Na missa bizantina que assisti hoje, o patriarca falou em humildade.
Um, ano lindo para você, Nanda Nicolas, que cubra vocês com as mais amorosas bençãos.
O patriarca bizantino falou que o tempo cronológico só serve para nos atormentar...
Há o outro tempo, o de Deus, e é o presente.
Ele falou um nome, mas não me lembro, pode ser Eidos?
EidosX Cronos.
Beijos.
Mariinha, que os seus votos para 2011, se concretizem, como você expressou nesta linda crÕnica.
Amém! Amém!
Feliz Ano Novo.
Norália
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