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terça-feira, 23 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
A troca
Maria
J Fortuna
Um dia, ela se perdeu no mar dos seus olhos azuis... Seu jeito terno e
silencioso, foi a grande motivação para amá-lo, assim que o viu pela primeira
vez. Ele era transparente como as asas da libélula, e tudo se processava entre
os dois, de forma intensa e inesperada. Descobriu naquele olhar inocente, o
apelo por amor e paz. E sentiu que, apesar daquela seriedade aparente, ele era
como criança, com quem se pode brincar em todas as estações do ano: entre
um pôr de sol e outro. Ele em sua primavera; ela, em seu outono. O amor
dos dois era algo tão bonito quanto o cavalgar elegante de um unicórnio,
trazendo inseparável borboleta azul em seu dorso. Era firmeza e
sonho...
Um dia, ela lhe apresentou dois minúsculos bibelôs de
vidro, em forma de canequinhas na palma das mãos. Numa delas estava
escrito EU e na outra VOCÊ . Então lhe disse, faceira, abrindo os dedos
com leveza:
- Toma EU; levo VOCÊ...
E apertou a canequinha contra o peito, no sentido coração.
Noite seguinte, numa emboscada da lua crescente, se viram como amantes. Depois
das felizes agonias dos momentos de intimidade amorosa, ela mergulhou em seu
peito, escutou-lhe o coração, enquanto ele, com os rosto em seus cabelos,
cerrou os olhos azuis, celebrando o negro dos olhos dela. Ficaram ali
felizes como se estivessem rezando. Então, lentamente, ele esticou a
mão esquerda para pegar sua blusa púrpura e dela retirou o bibelô presenteado.
-
Aqui está você de volta, disse, estendendo a bibelô EU para sua
amada.
E
ela, preguiçosamente, procurou no bolso do seu agasalho o pequeno objeto VOCÊ e
lhe entregou docemente:
- Tome VOCE para sempre...
segunda-feira, 8 de junho de 2015
As mandalas de Beatriz
Maria J Fortuna
Beatriz na Escola de Arte Visuais
Trabalho com duas cores.
Dois momentos da Sagrada Escritura de José Gomes de Oliveira
O vermelho forte de Petecostes, nesta mandala de Beatriz
Nesta se vê claro as cores que a Natureza veste as flores
Em azul com a suavidade do rosa e a presença discreta do amarelo
Eu e Beatriz no almoço com os amigos
Bem, não sei como ou em que momento aconteceu o encontro de Beatriz Campos de Oliveira com as mandalas... E de como começou a passar para o papel todo esse encanto na elaboração e confecção delas. Também não perguntei. Contento-me em admirá-las e mergulhar naquela beleza toda, quer sejam em preto e branco ou coloridas... Com perfeita geometria, a certeza que tenho é de que elas vêm de dentro da alma da artista.
Beatriz na Escola de Arte Visuais
Quem na vida não se parte e reparte no decorrer do caminho? Depois vem a sensação de que estamos perdidos em nós mesmos... Nossos traumas começam cedo, quando ainda não temos condição de expressar o que sentimos. Na primeira infância...
Quando menina, Beatriz desenhou um palhacinho no Jardim de Infância, provavelmente num concurso. Sua irmã, com ajuda da professora, foi quem ganhou o prêmio de melhor desenhista da escola. - Mas é injusto, pensava a pequena, afinal a professora havia dirigido a mão de sua irmã... Deve ter sido uma das primeiras quebras na inteireza do ego, que necessitava de apoio naquela situação, mas não sabia como se reequilibrar a partir daquela experiência. E o tempo foi passando...
Depois, ainda na Escola Delfim Moreira, teve o primeiro contato com a argila, quando foi apresentada à maquete de uma fazenda. Como boa mineira, ela sabia exatamente qual era o cheiro e a forma das fazendas, e a suas mãozinhas mergulharam no barro, buscando expressar o que via e sentia. Resolveu, então, fazer porquinhos para o chiqueiro. Dali partiu para esculpir uma família inteira de fazendeiros! Foram surgindo figuras tão graciosas que a professora chamou os pais de Beatriz para contemplar sua obra.
Além disso, aos sete anos, foi apresentada ao crochê, que sugere vários tipos de pequenas e lindas mandalas coloridas de lã e linha. Imagino que este deve ter sido o primeiro contato de Beatriz com arabescos de um círculo.
Mandalas são como pedacinhos de nós mesmos, que foram quebrados em algum momento pelas circunstâncias da vida e vão sendo rearmados ou recolocados em nosso processo de individuação, segundo Jung, através de camadas geométricas e luminosas, criadas pela alma, até que atinja a Luz Central, que dá sentido a essa busca. Como resultado, teremos harmonia e inteireza. Começaram a surgir as mandalas de Beatriz.
Trabalho com duas cores.
Segundo Jung, esses incríveis desenhos, que em sânscrito significam círculo, fazem parte desse processo de individuação do ser humano. São símbolos da personalidade que vêm de muito longe... Das nossas raízes através do inconsciente coletivo. Principalmente quando estamos em busca de nós mesmos, de nossas origens até o Centro, na procura de equilíbrio..
A menina foi crescendo com caderno e lápis de desenho nas mãos. Desenhava tudo que via pela frente! O talento e amor pela arte, que circulava em suas veias, vem do seu avô, o grande artista plástico José Gomes de Oliveira, que pintou o interior de várias Igrejas Católicas de Minas Gerais. Dentre elas a Igreja Nossa Senhora das Dores do Turvo, na Zona da Mata mineira.
Dois momentos da Sagrada Escritura de José Gomes de Oliveira
Além do que as Igrejas de Minas Gerais estão cheias de mandalas, nas portas, nas cúpulas, nas paredes. Essas informações com certeza influenciaram, inconscientemente, o trabalho da artista em seu contato com a transcendência, com a divindade e consigo mesma. Essas formas também estiveram presentes nos escritos herméticos e na arte sacra dos séculos XVI, XVII e XVIII, e eram usadas como instrumentos de meditação.
Na popular Festa do Divino, muito presente em Minas Gerais, o Espírito Santo é sempre colocado ao centro das diversas formas geométricas representativas da Divindade. As mais comuns são aquelas imitando línguas de fogo.
O vermelho forte de Petecostes, nesta mandala de Beatriz
Outras imitam o desenho de flores, em cujo centro pétalas macias e perfumadas escondem o núcleo ou o deixam a descoberto, procurando o sol. A propósito, Beatriz estudou desenho na Escola Nacional de Botânica Tropical, onde essas mandalas naturais estavam ali florescendo a sua volta e nos desenhos que nasceram daquela experiência. Tem alguma mais perfeita do que o girassol ou flor de lótus?
Nesta se vê claro as cores que a Natureza veste as flores
Além disso, estudou desenho na Escola de Artes Visuais no Parque Lage com a saudosa artista plástica Maria do Carmo Secco. Foi ali que a conheci. Mas não adivinhava que partisse para desenho tão maravilhosamente rebuscados e expressivos, até que fui vendo uma após outra mandala surgindo... Essa representatividade está presente no símbolo chinês do Yin e Yang, nos yantras indianos, nos thankas tibetanos, também nos vitrais das catedrais católicas e em várias outras representações. Sei que têm diferentes padrões visuais que despertam diferentes sensações.
De qualquer forma, só lucramos com a escolha de Beatriz, confeccionando suas obras de arte pela trilha geométrica e colorida dessas joias... Beleza que extasiam quem as vê! Outras estão por nascer. É preciso ter paciência e muito amor à Arte e à vida, para prosseguir com tão grande empreendimento com símbolos, que representam a totalidade, e são chamadas com muita propriedade, no hinduísmo, de mansões sagradas.
Eu e Beatriz no almoço com os amigos
sábado, 6 de junho de 2015
SERGIOCORREA: Gibran Khalil Gibran (Letícia Sabatella/Marcus Via...
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As almas transmutadas comungam com o verdadeiro Espirito da Terra!
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SERGIOCORREA: Gibran Khalil Gibran (Letícia Sabatella/Marcus Via...
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Maravilhosa dupla! Música inconfundível de Marcus Viana e a doce voz de Letícia Sabatella nos inesquecíveis poemas de Gibran Khalil Gibran.
Ouçam!
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