Era uma vez uma sementinha...
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sábado, 20 de junho de 2009
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Um comentário:
Tenho recebido sua newsletter, através da Rebra, e tenho tb visitado seu blog.
Queria conversar com você, de colega pra colega, de mulher pra mulher, e saber sua opinião sobre um assunto.
Em suas ultimas postagens, você escreveu, referindo-se ao padre Melo e Michael Jackson:
“Imagine a pessoa que, transcendendo ela mesma, se expõe por algum motivo superior - amor e coerência – ou mesmo por vontade de usar seu potencial, a este mundo cheio de conflitos? É como um pássaro de plumagem de cores diferentes e por isto agredido pelos demais! O que ousa viver em coerência com sua verdade interior paga uma enormidade de preço, porque o mundo julga e sentencia o tempo todo...”
Esse sentimento, querida, é compartilhado por grande parte de nós, escritoras medrosas, que devido a esse medo podamos nossa arte e nos tornamos medíocres, escondendo-nos em escritos “bonitinhos” e blogs neutros, onde não corremos o risco de sermos expostas...
Podemos dizer que somos artistas ?!
Com essa postura, acho que não. Preservamos nossas imagens de boazinhas, fugimos dos holofotes e eles fogem de nós... Assim, somos sementinhas com medo de nascer.
Acredito que falta a coragem (ou talvez o talento) de um Michael Jackson, Gogin, Tolstoi, Clarisse Lispector, Virginia Wolf, Patricia Guimarães, Dupret, e tantos verdadeiros artistas cuja arte é maior que a própria vida. Sim. Se expor machuca. Mas é isso que é ser artista...
Gostaria de discutir isto com você, pois me sinto podando minha arte em função do medo de não agradar, de machucar.
Meu e-mail é tb
luana.pinheiros@terra.com.br
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