sábado, 30 de julho de 2011

Maria J Fortuna às duas da madrugada...

A luz crescia
ao derredor da dor
Não havia nenhum espaço
Para assombrações da tristeza

O lago Annecy e a I´lle no centro da cidade.







Annecy, um encantamento!



Maria J Fortuna

Eu estive lá, na antiga Roma dos Alpes! Chamava assim antes de acontecer a Reforma Luterana. Naquela época foram construídas catedrais, mosteiros e basílicas lindíssimas!
A pequena cidade de Annecy pertenceu a Genebra, mas na revolução francesa foi anexada ao Departamento de Mont Blanc tornando-se francesa. Atualmente é chamada a Veneza dos Alpes devido a ser cortada por um canal no centro da cidade.
Nessa época do ano, às margens do rio Thiou, a cidade começa a se enfeitar! Este rio é afluente do rio Annecy, que deu nome ao lugar. Ali o tempo debulha as horas como se tivesse rezando, porque exala quietude e enruga sua pele como tecido de fustão, tal a paisagem formada por montanhas e construções medievais. Como muitas cidades da velha Europa, as construções em pedra predominam nas estreitas ruas que evocam o passado de lutas com vitorias e derrotas, que marcaram a história do país.
A beleza do Lago d´Annecy, onde tremulam as imagens das montanhas, tocou-me profundamente a alma. Pensei de como teria sido bom se eu ficasse ali até 6 de outubro, quando acontece a Fête du Lac, realizada todo ano, com seus incríveis efeitos pirotécnicos! Mas os fogos não devem ser mais belos do que aqueles que enfeitam a virada do ano na praia de Copacabana, Rio de janeiro! O que me atraiu ali foi realmente a beleza do lago azul que se presta a várias atividades esportivas naquela região da Savoia. Por isso mesmo Annecy foi escolhida, para representar a França nos Jogos de Inverno de 2018.
A Pequena Veneza de Savoia recebe no canal principal que corta a cidade, a visita dos patos e pássaros que sobrevoam as águas o todo tempo. Charmosos restaurantes e cafés estão por todo canto! Ali servem pratos de massa com frutos do mar. Muitos deles com champignons. Há quase sempre uma ferinha de deliciosos queijos regionais com vinhos especiais, ervas e frutas vermelhas. O Palais de I´lle que foi outrora prisão, fica bem no meio do canal florido, O Chateau Annecy, muito bem cuidado, hoje transformado em museu, é atração para os que ali comparecem.
Como sempre a presença das flores coloriram as margens do rio de tal forma, que me deixei debruçar por alguns minutos numa das pequenas pontes que enfeitam o canal, num esforço para trazer aquela lembrança para meus sonhos. Coisa de encantamento mesmo!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

As flores de Monet


















A diversidade de espécies, de cores, tamanho e formato desses jardins encantados, lembram-me um coral perfumado. A gente ouve a música das flores...

Botões de rosa se abrem em abundâcia! Formam um poema só escrito pela Natureza

Os Jardins de Monet






Maria J Fortuna







Esse passeio pelos recantos da França, definitivamente, trouxe-me a alegria de um contato muito intenso com a Beleza! É o de que necessitamos para nutrir nossas almas. Então, depois do espetáculo das aves, fomos ao encontro das flores em Giverny. Lá ficam Os jardins de Monet .
Embarcamos no trem na Estação Saint Lazare e descemos em Vermon. De lá, um táxi deixou-nos na antiga residência desse pintor extraordinário, cujas obras foram inspiradas nos seus jardins. E como posso descrevê-los em palavras? Creio que não seja possível. Só posso expressar o quanto me senti enlevada num espaço florido a céu aberto, onde o suave perfume de algumas flores tocou minha memória poética com intensidade! Nos Jardins de Monet, tudo brinca com tudo. O sol deita seus raios manhosos nesta época do ano, nas águas do riacho Ro que passa sob a famosa ponte em estilo japonês, indicando o Jardim aquático com suas lindas vitórias-régias, tão queridas do Mestre. Esse pequeno riacho reflete a imagem das flores em sua diversidade. Nunca vi tanta variedade delas espalhadas pelos canteiros, como se estivessem unidas na sutileza de um som que a gente não ouvia. Como sei que o som tem cor, eu escutava as flores, particularmente as orquídeas, que foram reproduzidas numa belíssima tela do pintor. Até atingir uma idade avançada, Monet semeou 1800 espécies diferentes de plantas. Seu jardim tem duas partes: um jardim de flores denominado Clos Normand, em frente à casa, e um jardim aquático japonês que fica do outro lado da estrada. Os dois jardins são contrastantes e complementam um ao outro.
O Jardim Clos Normand, é este a que me refiro em relação à diversidade das plantas. Ele é repleto de arcos de ferro, onde se enroscam, gostosamente, trepadeiras, e onde habitam as roseiras que produzem rosas de várias tonalidades nessa época do ano. Bambus e nenúfares também vicejam neste inicio de verão. Flores agrestes consideradas exóticas ali também estão.
Gostaria de ter fotografado todas, mas a voz do gondoleiro italiano tornou a ecoar em meus ouvidos: melhor contemplar... Nada reproduz toda aquela lindeza! Então pra registrar minha visita por lá, tirei algumas.
A casa de Monet está tal qual era quando ele a habitava. Com certeza era um homem caseiro, que gostava de ficar tranquilo em seu atelier para produzir suas obras-primas! A casa é grande, tem vários quartos e uma sala muito aprazível. É repleta de quadros japoneses, fotos de família e algumas de suas famosas telas. Ali, como no jardim, a gente sente a presença do artista em toda a casa e pelas paredes. Ouvi falar que os vizinhos achavam o pintor muito esquisito e puseram-se contra suas plantas que, segundo eles, podiam envenenar a água do riacho.
Vou postar algumas das fotos que tirei e um vídeo, encontrado no YOUTUBE, que mostra a beleza das obras de Monet. Foi um dia riquíssimo em minha vida!

sábado, 16 de julho de 2011

Treinador com arara




Ninho das cegonhas



Show de Pássaros em Dombes



Maria J Fortuna












Os pássaros... Sempre que penso neles, algo de muito especial acontece em meu coração: ele fica leve e com asas... Não é à-toa que os Sufis tem como símbolo um coração com asas. Às vezes, em meditação, eu me vejo agarrada em suas penas, voando rumo ao infinito! Nenhum ser me acalma mais e me deixa tão livre, em pensamento e sentimento, como esses anjos voadores, que tingem a natureza com suas cores e trabalham para que a beleza seja perene sobre a face da Terra!
Assim fui vê-los no Parc Oiseaux, em Dombes, nas proximidades de Lyon, onde assisti ao inacreditável show desses irmãozinhos de Francisco de Assis, que circulam sobre nossas cabeças.
Digo que, realmente, nunca havia visto pássaros livres, obedecendo a uma instrutora, que nos falava de cada uma de suas espécies. A plateia, em semiarena a céu aberto, estava repleta de criancinhas, na maioria loiras, que sacodiam os bracinhos e apontavam para elas com admiração e entusiasmo. No centro, uma jovem ao som adequado a cada ave, chamava por elas, que apareciam do nada e, em voo rasante, apresentando-se no exato momento em que eram chamadas e deixavam o palco por uma espécie de gruta imitando os bastidores, como fazem os atores.
Assim, boquiaberta, assisti a um dos maiores espetáculos que presenciei em minha vida! Gaivotas, pelicanos, colibris, águias, araras multicores, etc... e até urubus treinados, compareceram ao show de uma beleza incomparável! Tentei filmar, não deu. Mas aquele espetáculo é pra ser guardado na memória, ao vivo. Tipo as águas das grutas de Capri, onde um gondoleiro me falou que não fotografasse nada, porque nada iria reproduzir aquela beleza! Era hora da contemplação! E assim foi...
Eram seres voadores de todos os cantos do mundo! E as araras brasileiras estavam ali também. E foram as mais belas do espetáculo!
Um ponto de destaque: uma ave desengonçada que caminhava em direção à treinadora, ao som de uma música que lhe acentuava os hilariantes passos. Muito engraçado! Outro momento deslumbrante foi quando o céu ficou pontilhado de pássaros vermelhos, que sobrevoaram nossas cabeças formando um véu flutuante que subia e descia em direção ao centro,
onde estava a jovem que dirigia o espetáculo. E os urubus que, de repente, tornaram-se belos em sua negritude e bailaram como se fossem reis numa linda coreografia! Lembrei-me, imediatamente, da personagem do meu livro O pardalzinho desconfiado, onde o herói é um urubu. Na verdade, nunca achei esta ave feia. Nunca o achei mensageiro da morte,
mas um colaborador na limpeza das cidades. Depois, vieram as garças e cegonhas. Foram muitos os atores alados que nos deixaram comovidos e agradecidos por saber que eles existem.
Vou lhes revelar um segredo: desde quando eu era criança, uma forma de me acalmar e esquecer os problemas e descansar um pouco dos conflitos que a gente tece na vida, é imaginar-me escondida sob a plumagem de um pássaro, sentindo seu calor, respiração e batimento cardíaco. Muito louco né? Mas talvez seja a sensação de conforto que experimentamos no
útero materno. Nada é mais aconchegante do que as plumas e até o cheiro dessas aves! Fora o fato de podermos voar nesse refúgio... Depois, percorremos o Parque e visitamos outros seres alados que não participaram do show, dentre eles a coruja, que particularmente me encanta e que também faz parte da história do Pardalzinho. Como a harpia e o condor.
O bosque onde essas criaturinhas moram é muito belo também! Isto me faz ter muita vontade de rever toda essa maravilha!

Meu novo enderêço eletrônico

Meus amigos seguidores ou não de Artes e artes, estou com novo enderêço eletrônico: mjflima85@gmail.com. Meu enderêço no Terra tem devolvido os emails para o remetente.
Um grande abraço e continuem acompanhando meu passeio pela Europa. Tem muito mais!

Maria J Fortuna

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Como assim, Eurodisney?



Maria J Fortuna

O convite apareceu de supetão: - Mãe, você quer ir à Eurodisney? Convite meio que fora do roteiro de viagem... Lembrei-me de Ariano Suassuna que detesta Mickey. Não sabe por que tanta gente se empolga para ver um rato. Mesmo admirando muito o nacionalismo do velho mestre, topei! Já que estávamos em Paris, que é um caso à parte...
Confesso que aquele desvio nos propósitos culturais da viagem foi um toque de despertar, como se uma varinha mágica tocasse minha memória adormecida dos fatos da infância. Lembrei-me daquela foto que tanto havia me despertado admiração e inveja, quando eu tinha meus quatro anos: uma prima mais velha com o Mickey, do seu tamanho, numa das ruas do Rio de Janeiro. Eu perguntava a minha tia: - Mas ela encontrou com Mickey mesmo? E a tia não só afirmava, como fantasiava em cima, causando-me um desejo enorme de ir para aquele lugar mágico , encontrá-lo também. Quer ver que é por isso que lá é cidade maravilhosa, pensava eu.
Então fomos nós: eu, minha prima da minha idade, com fibromialgia sem crise, e a filha que me propôs o passeio. Eu iria desde que não participasse daqueles brinquedos malucos, que acabam com o coração de uma sexagenária.
Centenas de crianças, em sua maioria loirinhas e japonesas, desfilavam com seus pais pelas ruas estreitas da cidade encantada. Havia pequenas filas para que a gente participasse dos brinquedos. E olha, fiquei maluca com a gruta de Peter Pan, onde parecia que estávamos voando num céu muito estrelado, e a gente ouvia uma música muito suave... A casa da Branca de Neve e, principalmente, a gruta dos Piratas do Caribe, onde o carrinho em que estávamos despencou lá de cima e caiu n´água! Comprei uma foto bizarra da gente gritando, com olhos esbugalhados de susto, batida exatamente no momento da queda. Puxa, a foto foi bem salgada no preço, mas até o fim dos meus dias vou rir daquelas caras, que na verdade são coroas. Valeu a pena...
Rodamos numa xícara gigante, navegamos numa embarcação que nos permitia ver figuras do mundo Disney às margens do rio e passeamos de carrossel. E, pasmem, procurei por Mickey, o rato sem graça de Suassuna, por todos os lados, porque queria tirar uma foto com ele. Acabei encontrando o Pateta que, como Jô Soares, sempre me despertou a seguinte questão: Por que Pluto, sendo tão cachorro quanto Pateta, não se veste como ele? Lá estava a figura do cachorrão autografando e pousando com crianças e adultos. Então tiramos a foto.
O ponto alto do passeio foi assistir ao desfile dos personagens. Ah! Que coisa mais linda! Todos eles estão ainda vivos no meu imaginário infantil: Cinderela, Branca de Neve, Peter Pan, Os três porquinhos, o gato do sorriso de Alice, etc. Um suspiro vindo lá do coração provocou-me o surgimento de algumas lágrimas que eu, bem escondidinha na multidão, limpava, rapidamente, com a costa das mãos, para não perder o desfile...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Lavandas







Campos de Lavanda
















Maria J Fortuna





Era comum eu ficar recebendo e-mails cujo anexo eram fotos incríveis dos Campos de Lavanda, na região de Provence, França. Era um deleite sonhar com aqueles campos... Mas não imaginava que um dia eu pudesse estar lá. Mas aconteceu!
Fomos de carro, passando por vários campos de girassol e trigo. Os girassóis são outra grande atração, pois a plantação desta bela flor, que margeia a estrada, irradiando sua devoção pelo sol, expressa beleza luminosa por causa do seu amarelo quase dourado. Estas flores incríveis são irmãs das flores de trigo e lavanda, pois crescem lado a lado.
A minha primeira impressão foi de que a paisagem era algo virtual, talvez por influência dos tais anexos que recebo dos amigos. Eu estava ali numa cidadezinha muito linda chamada Sault. Ali, num restaurante aconchegante, comemos mais tarde, trutas com amêndoas e tomamos um doce vinho rosê.
O céu muito azul em degradê com as flores de lavanda, que nessa época ficam entre o lilás e o azul, o perfume da lavanda e o barulho das cigarras transportaram-me às reminiscências da infância, no sítio onde passava as férias de julho, quando dormia ao som desse cântico ritmado e rouco. Aquele cheiro despertava-me a memória do silvestre perfume de alfazema que minha mãe usava durante todo o dia. Quando me contava histórias de príncipes e princesas, para dormir, a última coisa a se apagar de minha consciência, era aquele seu tão suave perfume.
As casas no estilo provençal se agrupam formando ruelas. Nelas, o odor daquelas florinhas lilases e azuis está por toda parte. Os beneditinos tem uma Abadia, onde cultivam ervas aromáticas, naquela região. Cenário imortalizado por Cezanne.
A lavanda tem a força que restaura estados de desequilíbrio, trazendo harmonia para a mente e corpo. Sua colheita pode ser manual ou com máquina nas grandes fazendas. Essas flores têm um componente chamado esteres, que é uma substância que tranquiliza. Essas hastes, com florinhas retorcidas, ajudam na desobstrução das vias respiratórias, dentre outros benefícios, como óleo para dores musculares,aliviando bem a tensão nervosa. Podem se,r também, antissépticos e analgésicos, principalmente para dores de cabeça, bem como tratamento para palpitações e, segundo alguns médicos florais, elas aumentam a autoestima. Não é à-toa que lavanda vem de lavare (latim) que quer dizer fazer limpeza e desintoxicação.
Elas existem também na região de Avignon, onde Van Gogh pintou os girassóis e Arles. Além de que Matisse, Picasso, Camus e outros artistas, caíram-se de amores por aquelas paragens perfumadas e mudaram-se para lá. Nas planícies da região de Luberon. A presença das oliveiras também é constante, bem como as cerejeiras.
Aspirando as lavandas, tornei-me criança novamente. Caminhei pelos canteiros muito bem alinhados, fechei os olhos, meditei e me deixei levar pelo batismo de algo que nem sequer eu mesma sabia que iria se realizar. Além do que, esparramei pelos quatro cantos do meu quarto, todo aquele perfume dos deuses.







sábado, 2 de julho de 2011

O inesquecível Mont Saint Michel








Maria J Fortuna







Eu estava ali, diante de um dos meus sonhos: O Mont Saint Michel! O bater das asas do chefe da milícia celeste havia me transportado até a Abadia nas ondas de uma antiga aspiração.
A subida pelas ruelas estreitas da pequena cidade medieval trouxe-me a sensação de estar caminhando no tempo, até aquela época em que os cavaleiros cruzados zelavam pelos devotos que visitavam lugares santos. Pensei no Santo Graal e sua não muito reconhecida matéria-prima: a pedra verde, encontrada nas Abadias e Catedrais da França. Acreditam alguns que ali seria um dos locais onde ela se encontra encrustada nas rochas.
O Santuário, que fica na Normandia, França, dedicado a São Miguel Arcanjo, traz a estatura dourada do Arcanjo vestido de guerreiro com asas, no topo da Igreja abacial. Reza a lenda que houve uma terrível batalha entre as forças do bem e do mal e, aquele ser angélico, penalizado com o sofrimento do povo que ali habitava, liderou as forças do bem, conseguindo a vitória contra um dragão maléfico que saía das águas. Depois, o anjo guerreiro pediu que construíssem uma Igreja em seu nome.
Após o tumulto na entrada das primeiras ruelas, onde o comércio de souvenir é feito em larga escala, percorremos becos silenciosos, que escondiam muitas surpresas! O silêncio bafejou o sagrado, logo que avistamos a Igreja do monastério. Havia cheiro de antiguidade no suor das pedras, muros e casas medievais.
Ao chegarmos à entrada principal da Igreja, ponto alto do passeio, encontramos os beneditinos que ainda vivem por ali, preparando os ofícios sagrados. A Missa foi rezada em meio ao perfume de incenso, flores e os badalos do sino. O órgão foi tocado, enquanto o coro angelical causou-me forte emoção. Entreguei-me totalmente àquele momento. Foi no dia em que a Igreja comemora Dia da Santíssima Trindade e pessoas, em várias línguas, cantavam Vivez em paix, et le Dieu d´amour et de paix sera avec vous...
Depois da Missa, percorremos os fantásticos labirintos no interior da Abadia. E as 11 h daquela manhã, assistimos a maré cavalgar soberana sobre o branco e imenso areal que cerca o Mont. Este fenômeno das marés ocorre todos os dias. A imensidão da paisagem, tanto recoberta de água, como em meio às areias, é esplendorosa! Carneiros e vacas malhadas pastam a certa distância, trazendo um ar bucólico àquelas paragens.
Mont Saint Michel foi uma fortaleza inexpugnável para os franceses durante a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra. Tornou-se o símbolo da identidade nacional francesa. O monte está ligado ao continente através de um istmo natural, coberto pelas já mencionadas marés altas. Em 2006, o governo francês anunciou um projeto para torná-lo novamente ilha, com a construção de barragens a ser completada até 2012. Recupera, assim, a aura mística que faz parte daquela misteriosa cidadezinha, que na verdade é imensa pela tradição e pela história e que insinua sempre a presença do que já se passou.

À noite, dormimos numa das casas que se tornaram hospedarias. Muito bem cuidada, acolheu a nós e nossos sonhos dentro de si, proporcionando grande conforto físico e espiritual.
Lá fora, o vento traquinava. O mar, agora, parecia sonolento. A escuridão era quebrada por uma ou outra luzinha saída das hospedarias. Dentro, o aconchego, o pão, o vinho, uma risada gostosa, o cheiro de comida quentinha, o ruído das gaivotas lá fora, arranhando o silêncio e insistindo, em vão, pintar a noite de branco com seus vôos harmoniosos.



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