sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


Há que se contemplar a mulher afegã oculta sob panos coloridos. Seu esconderijo retrata a situação vergonhosa como a mulher tem sido tratada em seu país. Ela se esconde dos seus inimigos que a colocaram numa cruel prisão que a paralisa e não lhe permite mudanças. Sequer ter um rosto, um corpo, a que apresentar-se ao mundo em que vive.
Lá está a mulher afegã, prisioneira do homem e do credo, com seu filho no colo, fugindo de tudo: das minas, das metralhadoras, da fome, de outras violências.
Eis que agora um novo inimigo surge vindo de fora. E ela não tem nem sua própria identidade ou de suas companheiras, para se referenciar. A burca cobre seu corpo de anonimato. É mulher, filha, mãe de alguém. Apenas isto...
Agora a mulher afegã, tem dois inimigos pela frente: o homem que lhe segura às rédeas – pai ou marido, e o que devasta tudo e todos, sem alvo certo - a guerra.
Se a mulher oprimida sente que o opressor, ao degladiar-se com o inimigo de fora, abre-lhe uma fresta no cerco, que mundo novo poderá contemplar?
Infelizmente os grandes aparatos bélicos de hoje em dia, se acionados, não deixarão escapar um ou outro, nem os inocentes que nascem desta relação.

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