Maria J Fortuna
Eu estava próximo à seção de brinquedos, numa loja em Belo Horizonte, quando ouvi uma jovem mãe quase gritando com seu filho, que aparentava uns cinco anos:
- Como você quer este jogo se não tem idade para brincar com ele?
O menino berrava, gritava, fazendo a maior birra! A mãe sapecou-lhe uma palmada e ele foi se aquietando... Até que pegou outro brinquedo, que a mãe novamente tomou, por ser inapropriado para ele, e o que aconteceu? A criança acabou deixando-o cair e, inadvertidamente, pisou no carrinho amarelo espatifando-o todo! Fiquei pensando... Somos um pouco como aquele garoto, frente ao Criador. Apesar de Ele ter desenrolado a vida no planeta em seu tempo, muitos de nós somos ainda seres com barro mole, sem maturidade para nos autogerir com propriedade. Não tenho dúvida de que o processo, para nós vagaroso, na evolução da espécie, é o grande responsável. O fato é que fazemos birra para obter o que não estamos ainda preparados para usufruir. Pisamos no que de bom recebemos e atiramos fora , continuamente. Por não saber receber, estamos despreparados para dar. Não fosse a honrosa galeria de homens e mulheres centrados, conscientes e despertos, que outrora caminharam e outros que ainda caminham no planeta, eu diria que somos todos analfabetos do código divino – tanto da lei como da graça. Isto porque ainda nem sequer conseguimos amar a nós mesmos. A destruição do meio ambiente está aí para mostrar o grau de imaturidade do ser humano confuso em sua própria natureza , quer física, na indefinição do esquema corporal e da sexualidade, como do ponto de vista social e espiritual. E o desrespeito à diversidade e ao estágio evolutivo do outro.
Vejamos a política no Brasil e em alguns outros países. Aquilo que deveria ser o exercício do altruísmo é transformado num desastre total! A maioria dessas pessoas que o país elege está ainda na fase anal freudiana do querer reter o poder para si. São mentirosos, farsantes, aproveitadores. Os senhores bigodudos , calvos ou grisalhos, tiram dos cidadãos o que lhes é devido, não lhes devolvendo em benefício de outros grupos humanos. Não passaram a fase egoísta infantil, colecionando bens e tratando o patrimônio público como se fosse seu.
O nível de agressividade convertido em perversidade é uma coisa tão brutal que escondemos de nossa memória, para suportar.A bem da verdade nem chegamos ainda ao adolescer da consciência. A maioria de nós é pré-adolescente emocional. Temos religiões paternalistas e o não hábito de encontrar o divino dentro de nós mesmos, através da coerência, que dá fruto de altruísmo e caminha para o amor maior.
Tenho medo que, com o impressionante avanço da tecnologia em nosso lento caminhar evolutivo de nossas consciências, a espécie não consiga sobreviver. Tudo por causa de nossa absurda imaturidade!
Um comentário:
Adriana B de Andrade me encheu de alegria quando me enviou este email abaixo:
Mariinha,
A cada domingo,um presente.
Pela manhã espero por Marta Medeiros.
No fim do dia,um email avisando que já tem texto fresquinho de Maria J Fortuna,
como pão quente saindo do forno...
Imaturidade...Não estamos preparados para receber,por isto não sabemos dar...
Religiões paternalistas...Abuso de poder...
ADOREI!!!!!
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