Cabelos
brancos
Maria J Fortuna
As mãos do tempo,
na transparência dos
lírios,
assanham-me os cabelos
Como espuma de mar
quebrando ondas
na arrebentação
Em nova fase lunar
agora minguante
A neve aquecida
Cai aos flocos
Tingindo a teia prateada
esparramando fios brancos
sobre a testa
O clarão de um raio
luz
Sem tempestade.
Um comentário:
Querida Maria!
Voce não nos cansa de surpreender! Confesso que não a reconheci! Realmente sua atitude me surpreendeu, no sentido poditivo, claro! Mas sobretudo de admiração, pois tomar esta decisão e assumí-la representa muito; um símbolo de aceitação. Ainda é um grande exemplo para todas nós que, indecisas, de como e quando decidir e deixar que aparentemos o que somos. Claro que não é fácil em um mundo que promete juventude eterna e beleza comprável, materialista demais. Meus parabéns pela sua coragem e obrigada pelo seu exemplo!
Rosane
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